Como orientar seu primeiro cliente em marcas
- Cassiano Oyarzabal
- 13 de jan. de 2022
- 3 min de leitura
Bora falar da relação com clientes, como se comunicar com eles e evoluir para fechar o registro da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Se você acompanha o Advogando Marcas e Patentes já sabe que a intenção é lhe ajudar a evoluir na propriedade industrial, captar clientes, entender como esse mercado funciona na prática e lhe dar os conhecimentos e meios para ter a confiança de um profissional qualificado.
De sobra, arrancar uns risos me arriscando como piadista - o palhacinho da turma, como me disse há 10 anos atrás o professor de Prática Civil 1.
Mas nesse artigo - sem piadas - vamos focar no seu primeiro cliente, que irá registrar com você a marca junto ao INPI. Se você já atende clientes na área, leia-se: “como orientar seu próximo cliente ao registro de marca no INPI".
Se comunicando da melhor forma
Há apenas um passo a ser ensinado nesse artigo: falar para o cliente o que ele precisa ouvir, com a mentalidade do Advogando Marcas e Patentes. Sei que pode parecer meio indefinido esse passo, mas vamos expor em um exemplo prático:
Cliente (chamado Cassiano): Quero saber se minha marca é registrável. Um outro escritório me disse que não posso fazer o registro, porque tem uma marca anterior igual a minha já registrada.
Você que trabalha com PI: Boa tarde Sr. Cassiano! Realmente, fizemos uma pesquisa prévia e podem haver algumas complicações, porém, estamos estudando meios de solucionar o caso e conseguir a proteção da sua marca. Sabemos que é importante para sua empresa.
Você entende o ponto chave do diálogo acima? Já há um concorrente afirmando a impossibilidade de proteção da marca, no entanto, o cliente lhe procurou para outra opinião. Preste atenção, a chave para a prospecção e trabalho eficientes na propriedade industrial é esclarecer e buscar soluções para os problemas do cliente.
Possivelmente, o concorrente inicial que orientou o cliente deve ter dito: “Ah! essa marca você não vai conseguir registrar".
Eis, na minha sincera opinião, um erro drástico. Você não pode afirmar o resultado final, você é examinador do INPI, por acaso? O que pode ser dito nesse caso - seguindo o diálogo com o cliente - é: “Vimos que realmente existem empecilhos, já trouxe algumas estratégias que podemos usar para evitar esse outro registro anterior, de marca conflitante, e conseguir a proteção da sua marca.
(diálogo baseado em casos reais)
A forma de comunicação muda o jogo
Você pode afirmar não ser possível o registro e perder o cliente (assim como o outro escritório fez), ou, ir atrás de soluções e propostas para o cliente avaliar as possibilidades de proteção da marca, que ele usa há anos no mercado.
E quais possibilidades são essas? Você pode procurar outras classes para proteger o registro, que garantam a segurança de não colidir com a marca anterior e protejam o cliente, ou, tentar outras formas de apresentação da marca e de seus elementos para trazer distinção diante da marca anterior já registrada.
Se você me acompanha há mais tempo, deve ter noção do que falo de como é subjetivo o exame junto ao INPI. Meus alunos da Consultoria em Propriedade Industrial, sabem muito bem todas as ferramentas que existem para conseguir a aprovação das marcas dos clientes, mesmo em casos de risco.
E é importante avisar ao cliente, HÁ RISCOS!
Os riscos podem ser maiores, ou menores, pode se haver recurso administrativo, pode ser que se movam oposições e manifestações administrativas, mas o mais importante é você estar dando liberdade ao cliente conhecer e escolher.
Não garanta o registro, avalie riscos e custos. Deixe o cliente concluir se vale a pena prosseguir com o registro da marca. Você dá a ele o poder de decisão, o que na visão dele, a partir da sua orientação, pode ser fazer uma nova marca.
E daí, nesse momento, ele já tem a sua confiança para seguir com o registro.
Por último, muito importante destacar, clientes não nascem em árvores. Valorize cada cliente, a sua história e o motivo que o leva a trabalhar com você. Saiba, tudo é uma corrida de longo prazo (em busca do sucesso em qualquer área). Na propriedade industrial não é diferente, contudo se você quer mesmo ingressar/evoluir nesta área eu posso encurtar seus caminhos.
Para isso é imprescindível saber os caminhos que vai seguir na vida, assim posso dar a melhor orientação possível a você. De todo modo espero que esse artigo possa lhe ajudar!
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