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Como novas tecnologias irão ajudar a reerguer o estado do Rio Grande do Sul

  • Foto do escritor: Cassiano Oyarzabal
    Cassiano Oyarzabal
  • 15 de mai. de 2024
  • 6 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2024

Todos devem estar acompanhando a crise que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul. Quem não está acompanhando, talvez seja importante se informar, pois o que vou lhe dizer nas próximas linhas tem a intenção de mudar a forma como vemos a produção de tecnologia, para reerguer um estado e servir de façanhas, de modelo, a toda terra.


Há tempos, as crises nos ajudam a vencer


Não é de hoje que as crises são um motor para nossa humanidade.


Tivemos a Grande Depressão de 1930 nos Estados Unidos, que apesar do desastre econômico do país, levou os americanos a implementar eficientes políticas e programas para estabilizar a economia e dar seguridade social.


Tivemos grandes guerras, como a Primeira e Segunda guerras mundiais, que apesar de toda crueldade, nos fizeram desenvolver tecnologias e ideais ao ponto de mudar como pensamos a forma de humanidade.


Tivemos a Revolução Francesa, onde cabeças rolaram ao ponto de alcançar princípios que formam a legislação e conceito de democracia de boa parte do ocidente.


As derrotas americanas para União Soviética durante a corrida espacial levaram Neil Armstrong a lua. Espero que esteja entendendo onde quero chegar. Tragédias e derrotas fazem parte da nossa vida. Tudo depende da perspectiva como olhamos e como tratamos os momentos de crise.


Não podemos fugir da realidade


Todavia, não cabe nos ater somente a um olhar lúdico e romantizado da situação do Rio Grande do Sul, quando há pessoas passando fome, famílias ilhadas, crianças perdidas, doentes sem tratamento, diversos lares arrastados – integralmente – pela água e instabilidade da segurança pública com assalto a casas, estabelecimentos e violência em abrigos. 


Foto: Divulgação/Jornal do Comércio


Para fechar a cereja de calamidade que o estado se encontra, a água volta a subir nas margens do famoso lago Guaíba, quando se achava que o pior já havia passado.


Quer saber como nos ajudar? Está na hora de colocar toda sua inteligência, combinada com seu coração e a sua vontade de mudar o status quo, para criar soluções de verdade no combate aos problemas gerados pela água no estado do Rio Grande do Sul. Estas soluções podem servir a um futuro negócio, sendo levadas a outros lugares, baseadas em um problema grande: a maior catástrofe climática de um estado e todas as consequências que o volume de água acumulada gera a uma das maiores capitais do Brasil.


Quais são esses problemas?


Iniciamos pelas estações de bombeamento de água.


Porto Alegre tem 23 casas de bombas que servem para drenar águas na cidade, evitando alagamentos pelos esgotos e ajudando na contenção de água a partir da subida do lago Guaíba.


Esse sistema foi preparado considerando as enchentes ocorridas em 1941 e 1967. Sem entrar ao mérito da carência dos órgãos públicos para sua manutenção ao longo dos anos, é preciso descobrir como trazer maior eficiência as casas de bombas, tendo em vista a ineficiência de operarem diante do volume de água ocorrido no estado e, ainda, quando o nível da água se acumula na superfície[1].


Para agravar a situação, as casas de bombas funcionam via galerias, as quais quando o nível da água sobe ocorre vazamentos, fazendo as casas de bombas jogarem ainda mais água para dentro da cidade, por causa da falta de vedação[2].


As casas de bombas não são a única forma de segurar a água com a subida do Guaíba. Junto com elas, a cidade conta com diques de terra, muro e comportas que servem como uma represa para evitar o alagamento da cidade.


Novamente, falhas na estrutura foram apresentadas ao perceber que a água passa por cima dos diques, tendo risco de rompimento. As comportas não possuem vedações suficiente, fazendo a água vazar pelas frestas laterais e debaixo do aço. Mesmo colocando-se sacos de areia embaixo da comporta, tal medida não é eficaz para segurar a água.


Foto: Luciano Lanes/PMPA; Comportas na região do cais de Porto Alegre.


No final, de forma ilustrativa, a combinação dessas falhas faz diversas regiões de Porto Alegre e da região metropolitana ficarem assim:


Foto: Luciano Lanes/PMPA; Comportas na região do cais de Porto Alegre.


Como você pode ajudar?


Pensando, estudando, organizando e trabalhando em possíveis soluções ditas acima. Nem todos podem pegar um barco ou uma moto aquática e sair resgatando pessoas.


Doar também é uma solução, mas não será a única medida necessária.


Precisamos, para ontem, descobrir meios de baixar a água e garantir a normalidade na circulação pelas cidades afetadas. As casas de bombas precisam funcionar da forma como foram projetadas. Diante da dificuldade na troca de equipamentos, a introdução de processos, junto com dispositivos de melhoria, para dar maior eficiência a casa de bombas, pode ser uma maneira de escoar a água. Lembrando-se é muita água que precisa ser escoada.


Outro problema é o que fazer com desabrigados, pessoas perdidas e empresas debaixo da água? Aqui haverá o grande conflito entre o indivíduo e as circunstâncias que o cercam.


É muito importante termos meios de compartilhamento de informações. Quanto maior eficácia atribuída a estes meios, mais certeiro será para ajudar desabrigados, realocar voluntários e recursos aos mais prejudicados, geralmente consubstanciados pelos mais pobres.


Outra solução, a resolver maior parte dos problemas no mundo: investir em educação.


Embora seja um problema que assombra há anos nossa nação, cabe descobrir meios de distribuir essa educação a um povo fragilizado e com prejudicada infraestrutura. Além da distribuição, cabe entender as premissas do precisa ser educado e quais resultados vamos obter, em quanto tempo vamos obter e o que construiremos a seguir.


Ademais, não podemos fechar os olhos de que esses problemas podem a vir a acontecer de novo. Temos várias evidências cientificas, a atestar que catástrofes ambientais serão mais frequentes por culpa do aquecimento global[3].


Em virtude das variações climáticas, em especial pelo fenômeno do El Niño, teremos novas chuvas fortes no sul do Brasil no próximo pico do fenômeno[4].


Desde já, diante da atual atenção sobre a região sul, cabe refletir meios de elevar os diques da cidade de Porto Alegre, de forma mais eficiente, segura e menos custosa. As vedações as comportas também precisam ser solucionadas, o que pode ser pensado a partir da estrutura já existente, com acrescento de material a imprimir força e impermeabilidade diante do volume de água.


Por evidente, os recursos técnicos e tecnológicos atuais podem trazer soluções bem melhores para um problema antigo.


Claro que a colaboração e conscientização dos governantes e máquina pública é essencial para alcançar estas soluções. O que as pesquisas entre o setor público e privado só tem a favorecer para o bem da população. Não podendo esquecer que se houvesse a devida manutenção do sistema criado pelas enchentes no passado, Porto Alegre e sua região metropolitana não estariam sofrendo tanto.


Vale destacar a reportagem de Geraldo Campos Jr. e Caio Vinícius, sobre os sistemas  antienchentes criados a Porto Alegre no passado.


Como os problemas podem lhe ajudar


Por mais que a intenção desse artigo é manter a situação mais real possível, precisamos pensar nas soluções, de forma lúdica e criativa, para problemas reais e imediatos.


O bom é que tais soluções não precisam servir somente ao estado e a população, em detrimento do indivíduo que as buscam para resolver os problemas de todos. Elas podem servir como propriedade intelectual para exploração econômica e reconhecimento acadêmico e social, para futuros negócios e novos estudos.


Elas podem ser pensadas para avanços a sociedade. A contribuir para produção de riqueza, ou elevação do bem-estar social.


A exemplo, os dispositivos para bombas da água, podem servir para aplicação em outros equipamentos, que buscam mais eficiência, resguardados por patente pelo seu titular. A plataforma educacional, a ser criada para auxiliar pessoas desabrigadas e que perderam tudo, pode ser levada para outras regiões com difícil acesso a educação, ou ser implementada para empresas que já investem no mercado da educação digital.


As marcas e tecnologias para auxiliar um estado destruído, ficarão lembradas pelos seus contributos, sendo tal visibilidade neste momento de calamidade, aproveitada no futuro, em prol de quem investiu nelas, sendo um poderoso meio de divulgação do trabalho para quem quer ajudar na reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, e ainda assim ter um negócio ou tecnologia robustos para o futuro.


O volta e meia criticado hino do Rio Grande do Sul, exige virtudes para alcançar prosperidade. Tais virtudes independe do povo ser escravo, virtudes são a excelência da conduta do bem, o que pode ser pensado para todos, por todos ao bem de uma melhor sociedade.


Obrigado por ler até aqui.


Notas



[2] Para entender melhor os problemas das casas de bombas e de outras formas de contenção da água, confira o depoimento do engenheiro civil e doutor em recursos hídricos e saneamento ambiental, Fernando Dornelles, em reportagem disponível: https://www.poder360.com.br/infraestrutura/entenda-as-falhas-do-sistema-antienchente-de-porto-alegre/; Acessado em 15-05-2024.



[4] O que também traz consequência seca ao nordeste, disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/el-nino.htm#:~:text=Resumo%20sobre%20El%20Ni%C3%B1o,-El%20Ni%C3%B1o%20corresponde&text=Ele%20ocorre%20a%20cada%20cinco,na%20costa%20oeste%20norte%2Damericana; Acessado em 15-05-2024.[1] Para entender melhor os problemas das casas de bombas e de outras formas de contenção da água, confira o depoimento do engenheiro civil e doutor em recursos hídricos e saneamento ambiental, Fernando Dornelles, em reportagem disponível: https://www.poder360.com.br/infraestrutura/entenda-as-falhas-do-sistema-antienchente-de-porto-alegre/; Acessado em 15-05-2024.



 
 
 

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Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil. ©2021 by Cassiano Oyarzabal.

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